[OFÉLIA]
ao
mestre, amigo e poeta Ildásio Tavares... este bastardo
(Silvério
Duque)
Meu
coração é um cabedal de sonho
de
dores que antecedem cada instante
e
a noite há de chegar, assim suponho
como
a pisada brusca de um gigante.
De
ausência e de desejo, em vão, componho
uma
canção cafona e dissonante
e,
ao ver tal despautério, então suponho:
sou
talentosa
como
um elefante!
Ah,
andai meus pés, andai que o rio espera
nossas
cruéis lembranças, nossos corpos...
pois
quem jamais amou melhor viveu.
Se
eu vejo outro nascer? A
Nova Era...?!
Eu
vejo o que eu vivi; vejo os meus mortos;
quem
dá valor a vida é quem morreu.
Leia
poemas de Ildásio Tavares
|